O Brasil vai virar um Japão? Nem tão cedo no que diz respeito ao nível tecnológico, mas quando falamos de mercado internacional, logo estaremos em uma situação parecida com a dos japoneses.
Devido ao alto custo – não da moeda, mas do produto em si – daqui a três anos não será mais possível exportar carros feitos no Brasil, segundo o empresário Sérgio Habib, presidente daJAC Motors.
“Quando você exporta um carro, se você comprou peças no Brasil e pagou mais por elas, o mercado lá fora não vai pagar mais caro pelo seu carro por causa disso”, afirmou Sérgio Habib.
De acordo com o empresário, o novo regime automotivo cria uma reserva de mercado que beneficia os fornecedores nacionais, que acabarão não investindo em inovação e redução de custos. O processo vai aumentar o custo do produto nacional.
Além do custo maior dos carros nacionais, Sérgio Habib também falou da queda nas vendas provocada pela redução na concessão de crédito ao consumidor.
“O que fez com que, neste primeiro quadrimestre, o mercado parasse de crescer e caísse 3% no acumulado é o fato de os bancos não estarem fazendo financiamento sem entrada e praticamente não existe 60 meses”, afirmou Habib.
Sem prazos mais longos de financiamento, os consumidores deixam de comprar, visto que o que mais influencia na hora da compra, neste caso, é o valor das parcelas. A JAC Motors já reduziu de 45.000 para 30.000 a previsão de vendas para 2012.
Com o encolhimento do mercado também por causa do IPI maior, a JAC Motors só pensa em crescimento após o início da produção da fábrica de Camaçari, Bahia, que começa em 2014.
“Com o super IPI que temos que pagar, nós perdemos competitividade. Temos menos verba em publicidade e menos mobilidade em preço”, alegou o presidente da JAC Motors.
[Fonte: R7]
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