domingo, 20 de novembro de 2011


 

Ex-chefão da Rocinha e comparsas são levados para fora do Rio


O ex-chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha, na Zona Sul, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na manhã de ontem. Antes, o traficante estava no presídio de segurança máxima no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Ele foi transportado em um avião da Polícia Federal para o Mato Grosso do Sul com os traficantes Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, e Valquir Garcia dos Santos, o Carré. Também estava o ex-PM Flávio Melo dos Santos. Todos eles foram presos por policiais federais, na semana passada, ao saírem da comunidade.

A transferência de Nem foi autorizada pela Justiça Federal a pedido do Tribunal de Justiça do Rio. O desembargador do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, já havia afirmado que o traficante não poderia ficar no estado do Rio, onde tem domínio.

A escolta levando Nem, Coelho, Carré e Flávio foi feita por cerca de 30 agentes do Serviço de Operações Especiais/Grupamento de Serviços de Escolta (SOE/GSE) da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). O comboio partiu pontualmente às 6h de Bangu.

Em nove vans e uma picape, os agentes fizeram o trajeto em 45 minutos até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. O comboio entrou pelo Setor de Cargas e seguiu direto para a pista. Às 8h30, o avião levando os quatro presos decolou.

Vinte dias isolados

Em Campo Grande, Nem vai ficar longe das mordomias que tinha e também muito distante da sua área de influência. O ex-chefão do tráfico na Favela da Rocinha vai passar 20 dias em isolamento total, sem direito a banhos de sol. Os outros três presos que também seguiram para o presídio, o PM Flávio e os traficantes Carré e Coelho, receberão o mesmo tratamento na penitenciária.

Avaliação psicológica

De acordo com o chefe da divisão de segurança e disciplina do presídio federal, Ricardo Sarto, esse período servirá para que os quatro passem por avaliações de psicólogos, assistentes sociais e médicos. Nesse tempo, a divisão de segurança da penitenciária vai analisar o comportamento e avaliar para que as alas os detentos serão levados. Eles conhecerão as regras do local e só depois serão serão transferidos para uma cela definitiva.

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