A partir de junho começa a instalação obrigatória – como muita coisa nesse país – de um chip que irá monitorar seus passos, quer dizer, monitorar seu veículo em todo o território nacional. O Siniav – Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos – utilizará um dispositivo com menos de 1 cm de comprimento e será introduzido em uma placa metálica no veículo.
Posteriormente um adesivo com o chip será fixado no pára-brisa de todos os veículos nacionais, inclusive motos, caminhões e ônibus. Ou seja, nenhum ficará de fora. O sistema vai ser rastreado por antenas eletrônicas mais baratas que as torres de radares que “lêem” placas. A conexão entre chip e antena se dará em 10 milissegundos, menos tempo que um piscar de olhos. Assim, todos os dados do veículo estarão à disposição de uma central que cruzará as informações com as do Detran.
Com isso, veículos com IPVA, licenciamento ou outras taxas vencidas serão multados ou retidos em blitz, praticamente em qualquer lugar. O governo defende que haverá uma diminuição no roubo de veículos, além de um melhor controle do tráfego nas cidades e estradas. O sistema possibilitará também que empresas explorem a cobrança de pedágio em estradas, balsas e também de estacionamentos.
Mas nem tudo são flores. O sistema também vai facilitar o controle sobre o rodízio de veículos até mesmo em cidades que antes nunca fizeram tal operação, aplicando multas nos veículos que desrespeitarem. O direito de ir e vir está sendo questionado, visto que cada veículo poderá ser monitorado em quase qualquer lugar.
Além da polêmica instaurada com a introdução desse chip eletrônico na frota nacional, que deverá estar toda monitorada até 2014, há ainda a questão do custo do serviço. Até agora nada oficial foi dito, mas em se tratando de Brasil, nós já sabemos quem vai pagar essa conta.
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