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Mariazinha Vellozo Lucas
A colméia de Presidente Kennedy, que tinha até mesmo uma abelha rainha, precisa ser destruída. Para isso o interventor terá que ser muito bem escolhido.
O governador Renato Casagrande tem um pepino – ou um abacaxi – nas mãos para descascar: a escolha do nome do interventor para a cidade de Presidente Kennedy. Esse pepino ou abacaxi tem um valor de muitos milhões de reais e o valor do patrimônio político que ele tem e procura ampliar, especialmente em ano de eleição municipal. O desafio é enorme.
Para aqueles que não conhecem a história em torno do assassinato do Presidente Kennedy, ainda hoje não exatamente esclarecida e cheia de teorias da conspiração, não custa lembrar que foi Lee Oswald quem matou o Presidente Kennedy – ou assim afirmam a maioria dos historiadores e outros estudiosos do tema, e Jack Ruby matou Lee Oswald, no que foi apresentado como uma “queima de arquivo” para impedir as conexões de Oswald, o que Ruby negava, falando, apenas, que queria vingar a morte de Kennedy.
Como me lembro de todas essas discussões – ainda eivadas pelo choque da morte do Presidente Kennedy – em torno das diversas teorias da conspiração: CIA, Cuba, URSS, Máfia e por aí vai. Tempos intensos e emocionantes. Não necessariamente por causa de coisas boas, que podem também ser intensas e emocionantes, por óbvio.
O título desse post, então, faz menção – não a nenhuma hipótese de violência política, com a qual, claro, não compartilho – mas, com a possibilidade, que a todo custo deve ser evitada, e que com a nomeação do interventor pelo governador, será de responsabilidade dele, de evitar que esse escândalo em Presidente Kennedy seja esquecido, que nada seja apurado, que pistas, evidências e documentos sejam apagados.
O governador, segundo li no jornal A Gazeta, “estaria em busca de uma pessoa com perfil técnico, com conhecimento de gestão, sem ligação com partidos políticos e que não tenha relações diretas com Kennedy, para ser o interventor do município”. Não pode se esquecer que esse nome tem que ter alguma habilidade para a política, a situação no município, conforme mostram os jornais nesses dias, não está pacificada, exigirá, desse interventor, habilidade para contornar a tensão e evitar o caos.
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