INDICADO POR Rebeca Silva
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REBECA SILVA
A única coisa permanente na vida é a mudança. Tudo flui através da mudança - e mudar significa mudar para outra polaridade. Quanto mais você se move, mais você se torna vivo e mais novo você se sente. Quando você se apega a alguma coisa, perde a realidade. Apegar é o problema, pois a realidade muda e você não flui com ela.
Porque você quer ser uma coisa permanente? Só uma coisa morta pode ser permanente. As ondas vão e vem e por isso o oceano está vivo. Se as ondas parassem, o oceano seria uma coisa morta. Lembre-se: uma coisa pode ser boa para você hoje e amanhã não ser, pois a vida vai mudando e você não pode pisar duas vezes no mesmo rio. E mesmo que pise, você não é o mesmo.
Este é um dos males da mente humana: você se fixa, perde a flexibilidade - e flexibilidade é vida. Olhe para uma crianca, ela é flexível. Olhe para o velho, ele se tornou inflexível. Quanto mais flexível, mais vivo, fresco e jovem você é. Quanto mais inflexível você se torna, você já está morto. E o que é flexibilidade? É responder no momento, sem nenhuma idéia pré-concebida, diretamente, imediatamente. A resposta vem naturalmente, sem nenhuma ligação com o passado.
A única miséria que conheço é ser incompleto. O ser inteiro tende a ser completo, precisa ser completo e o incompleto se transforma em uma tortura. O ser incompleto é o único problema. E quando você se torna completo, o inicio e o fim se encontram em você: Deus como fonte e Deus como florescimento supremo, encontram-se em você.
Se você quiser durar para sempre, não vive o momento. Aquele que vive a sua vida de um modo verdadeiro, autêntico, aquele que goza a vida, está sempre pronto para morrer, sempre pronto para viver. Aquele que não se alegra e não celebra a vida, aquele que não vive o momento, a vida, tem sempre medo de morrer - "porque chegou a hora de partir e ainda não estou realizado". O medo da morte, não é o medo da morte, é o medo de permanecer não realizado. Você vai morrer e não experimentou nada, absolutamente nada da vida - nenhuma maturidade, nenhum crescimento, nenhum florescimento? De mãos vazias você veio e de mãos vazias você está indo. Esse é o medo. Aquele que viveu bem a vida, está sempre pronto para morrer. É como a flor desabrochada: perfumou e embelezou o ambiente em que viveu.
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