quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Em um dia de greve da PM no Ceará, 300 ocorrências não foram atendidas --- BY G1 CEARÁ

Segundo Ciops, estatíticas de um dia nunca havia superado 30 casos.
Roubo a carros aumentou de 8 para 40 comparando o mesmo dia da semana.


Do G1 CE

 

Por conta da falta de PMs, comércio de Fortaleza e
algumas cidades do interior fecharam as portas
(Foto: José Leomar/Agência Diário)

Trezentas ocorrências deixaram de ser atendidas na terça-feira (3) em Fortaleza, dia de maior adesão de paralisação da Polícia Militar no estado. De acordo com o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), o número máximo de ocorrências não atendidas até antes da paralisação era de 30.

Ainda de acordo com o Ciops, na terça-feira (3) houve 40 registros de ocorrências de furtos a veículos; na terça-feira anterior (27 de dezembro), foram oito registro. O aumento em relação ao mesmo dia da semana foi de 500%.

A comerciante Lindalva Matias afirma ter presenciado dois assaltos em frente a residência dela na tarde de terça-feira. "Quando vi o primeiro assalto, liguei para polícia e me disseram que iam mandar uma equipe, mas não chegou nada. Na segunda vez, à noite, vi outro assalto e liguei de novo, mas disseram que não tinha equipe para enviar", relata Lindalva.


 

Homens da Força Nacional no Centro de Fortaleza
(Foto: Alex Costa/Agência Diário)

O tenente-coronel do exército Charles Moura, que coordena a "Operação Ceará", diz que o número de ocorrência foi grande, "mas não foi alarmante". Para Charles, o número alto de ocorrências não atendidas e de crimes ocorreu porque membros do exército - que realizaram serviço de segurança no Ceará durante a paralisação da PM - ainda não haviam recebido 100% de equipamento de trabalho, como coletes à prova de bala e veículos. O exército e Força Nacional da Segurança Pública seguem trabalhando no Ceará.

De acordo com o Instituto Médico Legal, foram registrados 12 homicídios na terça-feira em que os PMs estavam paralisados no Ceará. Na terça anterior foram registrados cinco crimes de homicídio. 


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Os policiais militares e bombeiros do Ceará paralisaram atividades desde o dia 29 e decidiram em assembleia na madrugada desta quarta-feira (4) aceitar a proposta do governo. Na terça-feira (3), lojas, bancos, escolas e até a prefeitura de Fortaleza encerraram expediente alegando falta de segurança. Agentes da Força Nacional e do Exército chegaram a ser enviados ao estado e patrulharam ruas de Fortaleza.

Durante a greve, os policiais militares e bombeiros acamparan no prédio da 6ª Companhia do 5º Batalhão. Na manhã desta quarta-feira (4) eles deixaram gradualmente o local para voltar ao expediente e consertam carros retidos na área. Homens que fazem o patrulhamento em motos foram os primeiros a voltar às ruas.

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