Por Alline Dauroiz
“Este é um dia especial para a história do Jornal Nacional.” Ontem, em meio às notícias importantes do dia, logo na escalada (chamada) do telejornal mais tradicional do País, o jornalista virou notícia: William Bonner anunciou a despedida de sua mulher e companheira de bancada, Fátima Bernardes, que, após 14 anos à frente do JN, vira apresentadora de um programa matinal da Globo. Mantido em sigilo, o programa de Fátima ocupará no ano que vem o lugar da TV Globinho - programação infantil da emissora que passará a ser exibida apenas aos sábados. Sob responsabilidade de Guel Arraes e do casseta Cláudio Manoel, especula-se que a atração será nos moldes do antigo TV Mulher, sucesso da Globo nos anos 1980.
Para o bota-fora de Fátima (assunto que figurou no ranking dos assuntos mais comentados no Twitter mundial), foram dedicados nada menos do que os 15 minutos finais do jornalístico, em um especial com direito à quebra de protocolo e Bonner de pé, para receber sua mais nova colega, Patrícia Poeta. A partir de hoje, a jornalista passa a ancorar o JN e deixa o Fantástico, que será apresentado por Renata Ceribelli.
“Resposta sincera. Está nervosa?”, perguntou Bonner a Patrícia. “Estou”, respondeu a moça, logo confortada pelo novo colega. “Se te ajuda, uma vez perguntei ao Cid Moreira, que ocupou esta cadeira durante 27 anos, quando ele parou de ficar nervoso ao apresentar o JN? E ele disse: ‘Nunca’.”
Com elogios à Fátima e Patrícia e retrospectiva das carreiras das duas, o Jornal Nacional registrou aumento de audiência. Foram 35 pontos de média em mediação prévia do Ibope (na Grande São Paulo), com 57% de share (participação dos televisores ligados). Nas últimas quatro segundas-feiras, foram registrados 32 pontos de média e 54% de share.
“Onde você estará no ano que vem, Fátima Bernardes?”, perguntou Bonner, em alusão à pergunta-bordão que fazia à mulher quando ela cobria eventos fora da bancada.
Mantendo o mistério, Fátima falou pouco sobre o novo projeto, agradeceu ao carinho e respeito do telespectador e lembrou que o telejornal lidera a audiência na TV há 42 anos. Desejou boa sorte a Patrícia, disse que ela receberia “uma equipe maravilhosa e um chefe (Bonner) competente e generoso” e encerrou, não com um adeus, porque ela “não estava se despedindo”. Sem lágrimas, foi só um “boa noite e até breve”.
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