quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pepsico paga entre R$ 800 milhões e R$ 900 milhões pelo Mabel -- BY ESTADÃO.COM.BR

Multinacional americana vence disputa com a Bunge e a Bimbo pela fabricante de biscoitos da família do deputado Sandro Mabel, dizem fontes


Patrícia Cançado, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A PepsiCo do Brasil fechou a compra da fabricante de biscoitos Mabel por R$ 700 milhões, segundo fontes próximas à transação. A multinacional venceu a disputa pela empresa familiar com sede em Aparecida de Goiânia (GO), que também recebeu propostas de outras "gigantes", como a americana Bunge e a mexicana Bimbo.
Empresa da família de Sandro Mabel é conhecida pelas linhas populares de biscoito - Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Empresa da família de Sandro Mabel é conhecida pelas linhas populares de biscoito
A Mabel, que tem cinco fábricas (em Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina), pertencia à família do deputado federal Sandro Mabel (PMDB ). O fundo de private equity do banco Icatu tinha uma participação de 40% na empresa desde 1999.
A companhia, fundada por imigrantes italianos em 1953, já esteve à venda antes, há dez anos. Na época, o banco Goldman Sachs foi contratado para achar um interessado na fabricante de rosquinhas e biscoitos. A PepsiCo, de acordo com fontes de mercado, já havia se interessado pela empresa, mas o negócio não foi fechado e os donos da companhia desistiram de vendê-la.
A Mabel, conforme dados da própria empresa, está entre os cinco maiores fabricantes de biscoitos do País, com capacidade para produção de 1,5 milhão pacotes de unidades por dia, que são vendidos em mais de 140 mil pontos de venda em todo o Brasil. Hoje, a Mabel produz mais de 150 itens diferentes entre biscoitos e salgadinhos.
Empresas. Em Aparecida de Goiania, o dia foi movimentado ontem, na fábrica da Mabel. O deputado federal Sandro Mabel passou o dia na sede da fábrica, mas não atendeu o celular. Procurada pela reportagem, a Pepsi limitou-se a que está sempre "buscando oportunidades no mercado", mas recusou-se a comentar diretamente o assunto. / COLABORARAM LÍLIAN CUNHA E FERNANDO SCHELLER

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