quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Notícias Automotivas - Montadoras: novo regime automotivo vai exigir mais que 65% de nacionalização


gm concordata Montadoras: novo regime automotivo vai exigir mais que 65% de nacionalização

Parece que a promessa do IPI maior para carros importados vai mudar de nome a partir de 31 de dezembro de 2012. O governo anunciou que o novo regime automotivo brasileiro vai exigir maior nível de nacionalização da produção do que os 65% pedidos atualmente.
O novo pacote de exigências do governo será anunciado em algum momento até a referida data. Acreditamos que seja bem próximo ao final do prazo dado para o fim do aumento do IPI.
Para o governo, as montadoras terão que ter veículos com mais peças feitas localmente, bem como manter o número de empregados no país. O processo produtivo deverá ser consistente para que a meta de nacionalização seja alcançada.
A medida de aumento do IPI é apenas o início de um programa que visa modernizar o parque industrial brasileiro, e para isso as montadoras que não se enquadrarem nas exigências certamente terão que pagar por isso.
Brasília diz que não quer apenas um galpão e uma linha de montagem, mas um processo produtivo completo. Uma das questões que estão sendo estudadas é a estipulação de um prazo para que as montadoras atinjam esse nível produtivo.
Para exigir essa nova meta, certamente o governo deve se valer do IPI maior. Ou seja, quem não se adequar, terá seus carros com IPI maior. Então, parece que o produto importado ficará cada vez mais caro e raro em nosso mercado.
Vamos voltar aos anos 80? Esperamos que não, mas a nova exigência de mais conteúdo nacional parece indicar esse caminho. O IPI maior foi um sucesso, segundo o governo, pois conseguiu atrair US$21 bilhões em investimentos até 2014.
Só o governo esquece que antes disso as montadoras já planejavam gastar dinheiro aqui. Enfim, 2012 poderá ser um ano cheio de incertezas, onde a única coisa certa é que no final, quem sempre paga o pato é o consumidor. De uma forma ou de outra.

Nenhum comentário: