No primeiro semestre, 26.894 pessoas deixaram tudo que tinham para trás. Elas não vão acompanhar o desenvolvimento dos filhos, o casamento esperado, o trabalho que ficou por fazer, enfim, tantas coisas que só uma vida pode conquistar.
Esse número – digno de uma guerra armada – foi o resultado de seis meses de uma guerra sem tiros no país, segundo o DPVAT.
Por dia, um Airbus A319 espatifou-se no chão com passageiros e tripulação somando 147 vítimas em cada desastre durante a primeira metade do ano. Cada avião desse representa a média diária de mortes no trânsito do Brasil!
O resultado divulgado pelo DPVAT ainda pode aumentar, já que o segurado (neste caso, os herdeiros) tem até três anos para dar entrada na papelada.
Quem teve mais sorte, digamos assim, teve invalidez permanente. E nesse caso, toda a cidade de Bento Gonçalves – RS nunca mais vai poder trabalhar por causa de acidentes de trânsito. O exemplo é apenas para ilustrar o quanto representa 107.403 pessoas.
Agora quem teve sorte grande, aliás, ganhou na loteria, foram 30.814 vítimas, que recorreram ao seguro para despesas e tratamento médico. Essas vão poder tocar a vida sem precisar de outros para sua sobrevivência.
E o custo de tudo isso? R$1,1 bilhão. O orçamento é igual ao corte no orçamento proposto para o Estado da Bahia em abril. Esse valor já superou em R$15 milhões o do mesmo período de 2010. Tudo gasto com indenizações.
Neste ano, 165.000 pessoas recorreram ao DPVAT, contra 121.000 de 2010. Além disso, 66% das vítimas estavam sobre duas rodas, e 76% delas eram do sexo masculino. Assim, vão sobrar mais mulheres na população brasileira. Com certeza muita gente vai gostar. Mas de tudo isso, pode tirar algo bom? Parece que não.
[Fonte: Interpress Motor]
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