Desde que o técnico Mano Menezes assumiu, em 23 de julho do ano passado, a seleção brasileira não vem obtendo resultados ruins. Foram cinco vitórias, um empate e duas derrotas, para França e Argentina. Mesmo assim, editores da revista inglesa “FourFourTwo” decretaram na edição de julho o fim do futebol brasileiro. Em tom de provo~ção, exibiram na capa um escudo da Confederação Brasileira de Futebol com letras alteradas para “RIP”, (“Rest in Peace”, em inglês “Descanse em paz” ), e a manchete “A Morte do Brasil”.
A revista ataca. Afirma que o futebol brasileiro é feio, não tem estrelas, que os melhores jogadores são zagueiros, e a Copa de 2014 é um caos, apesar de fazer a ressalva de que o Brasil pode dar a volta por cima com jogadores como Paulo Henrique Ganso.
Quem conhece o futebol brasileiro discorda. “Houve a troca do espetáculo pela competitividade, mas enquanto formos pródigos na revelação de jogadores, como Lucas e Neymar, teremos a perspectiva de voltar a ter um futebol bonito. Se morremos, quem está vivo?”, opina o comentarista esportivo da “Rádio Record”, José Eduardo Savóia.
O pesquisador do grupo de estudos sobre futebol da Universidade de São Paulo e do site “Ludopédia”,. Enrico Spaggiari, vai além e vê uma questão política: “Essa postura condiz com a Federação Inglesa. Desde a década de 90, eles se sentem preteridos e deslegitimados diante das demais federações e da Federação Internacional de Futebol. Essa sensação só se agrava com a Copa no Brasil em 2014″, analisa.
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