Cabo Carvalho afirma que os problemas são frequentes.
Um soldado do BME caiu do quarto andar durante treinamento.
Na última quarta-feira (27), um soldado do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar do Espírito Santo caiu do quarto andar de um prédio durante um treinamento de rapel. Um colega de corporação, revoltado com a situação, resolveu fazer uma crítica: o treinamento a que eles são submetidos é completamente desumano. Em resposta, o sub-comandante do Batalhão de Missões Especiais (BME), Major Mutz, disse que todos os alunos usam equipamentos de segurança.
O Cabo Carvalho trabalha há 23 anos na polícia e resolveu fazer um desabafo. "Na nossa sociedade querem ter uma polícia humanizada, mas esse tipo de treinamento é desumano e criminoso", disse o cabo.
O policial contou que não houve cuidados necessários com a vítima durante o treinamento. "Não houve segurança necessária, não havia equipamentos para resguardar a vida dele", afirma o cabo.
O treinamento oferecido de graça pela Polícia Militar é ministrado por uma empresa particular especializada em sobrevivência na selva. Ninguém é obrigado a fazer, mas o oficial que participa tem mais chances de conseguir uma promoção. O curso acontece em prédios abandonados, sítios, fazendas e em locais de difícil acesso.
De acordo com o Cabo Carvalho, os problemas são frequentes. "Já tivemos casos de hipotermia e até de um soldado com falência no rim", conta.
O sub-comandante do Batalhão de Missões Especiais (BME), Major Mutz, disse que todos os alunos estavam com equipamentos de segurança no dia do acidente. "Os alunos são submetidos a uma carga de treinamento que é diferenciada dos outros cursos, pois eles são submetidos a situações extremas que exigem certo preparo físico e psicológico", explicou.
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