sábado, 25 de junho de 2011

Eficiência energética sim, redução tributária não

etanol cai de preco na capital e interior de sao paulo Eficiência energética sim, redução tributária não
O governo vai colocar em prática uma nova estratégia para incentivar a eficiência energética no segmentoautomotivo, o tal selo obrigatório, semelhante ao de geladeiras, por exemplo.
No entanto, o que todo mundo esperava era uma nova tributação para veículos menos poluidores, que em conseqüência são mais econômicos. Mas o governo não vai partir para essa idéia.
Haverá sim o selo, mas a tributação continua como está. O governo acredita que a conscientização partirá do consumidor, que ao identificar os carros mais econômicos e ecológicos, dará preferência.
Mas sabemos bem que não é assim que vai acontecer. O governo não quer criar novas regras de tributação para não incentivar a importação de veículos, já que naturalmente os mais eficientes são os que vêm de fora.
Aliás, nem para os elétricos o governo vai criar uma alíquota de IPI diferenciada, pois também beneficiaria apenas a importação. A idéia é criar um parque tecnológico e de pesquisa no Brasil para este tipo de veículo.
Atualmente os carros 1.0 pagam 7% de IPI, seguidos dos até 2.0 com 11% e acima disso recolhem 18%. Os veículos elétricos são obrigados a recolher 25%.
Bom, o governo ainda fala que o país precisa criar uma base tecnológica na área de carros elétricos, dizendo que não se pode ficar de fora das mudanças que ocorrem hoje no mundo. Mesmo assim, os trabalhos nesse sentido parecem andar a passos de tartaruga.
A indústria automotiva, ao mesmo tempo em que promove carros elétricos e outras tecnologias no país, se recusa a mexer em seu ganha pão, alegando custos elevados.
Assim, nossos carros flex, tão alardeados pelo governo, continuam poluindo mais do que deveriam e sem perspectiva de melhora em curto prazo.
Enquanto o mundo avança em busca de uma alternativa melhor, o Brasil ainda aposta na supremacia do etanol em detrimento de qualquer outra saída. Será que só nós estamos certos e o resto do mundo errado?

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