VEJAM O QUE ELA FALA SOBRE SI MESMA.
Sou uma garota de 24 anos contando em crônicas e textos a história (FICTÍCIA) de um jornalista mau humorado, frustado, que sofreu no final da ditadura militar com seus atos e pensamentos e hoje observa revoltado o ato de não fazer nada que os jovens de hoje em dia pregam!!!
Sei que isso é meio louco, mas sou assim!!!
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LEIAM COM ATENÇÃO ESSE TEXTO OUSADO
“Todos os dias”Sabe aqueles dias em que o que você mais deseja é que ele termine? Pois bem, hoje fiquei olhando cada volta que o ponteiro do relógio dava, o trabalho não rendeu nem o mínimo esperado, o telefone tocou por diversas vezes, óbvio que eu sabia que era meu chefe, mas não atendi, pois na minha cabeça doente eu acreditava que ao olhar para o relógio eu estava ajudando o ponteiro a passar mais rápido, nem o meu cafezinho amargo de todos os dias eu tive vontade de tomar, não parei de olhar o relógio nem para fumar. A hora do almoço chegou, todos foram para o feijão verde, restaurante em que sempre almoçamos, mas eu realmente estava sem fome, sem saco para conversas vazias e preferi ficar na clausura do relógio e da ansiedade, conferia de segundo em segundo se o relógio do pulso estava de acordo com o da parede, minhas mãos estavam suadas, meu coração acelerado, tão acelerado que parecia atrapalhar minha respiração, mil pensamentos passavam pela minha cabeça, as pernas pareciam ter vida, balançavam de um lado para o outro em um frenético Chacoalhar, os dedos tamborilavam no teclado sem nada produtivo para escrever, a boca estava seca, os olhos úmidos, eu sabia que aquele dia poderia ser o primeiro da minha vida... Todas essas emoções, sensações, sentimentos e reações estavam dilacerando meu coração, a hora não passava, a vida não seguia e tinha tanta coisa pra acontecer aquela noite,mas parecia que até o céu conspirava contra mim. O trabalho acumulou um pouco mais, meu editor pediu minha crônica e eu nada havia escrito, o puxa saco do escritório me cobrou mais atenção, a secretária gostosa passou diversas vezes rebolando em minha frente, mas nada despertava em mim alguma reação, além das trezentas que eu já estava sentindo. Enfim o ponteiro do relógio foi meu amigo, era então 18:30, sai correndo do jornal, esqueci minha pasta, chave de casa, carteira de cigarro e minha consciência, parei na esquina e comprei orquídeas amarelas, peguei um táxi e rapidamente ordenei: __ Dragão do mar, por favor... E se o senhor for rápido pago o dobro da corrida! Curioso o taxista perguntou, qual era o motivo de tanta pressa! Prontamente respondi: __ Há muitos anos conheci uma garota, fui completamente apaixonado por ela, mas a vida girou e ela se casou com Dinamarquês, foi morar fora do país, mas ontem a noite em um jantar beneficente desses que odeio ir eu coincidentemente reencontrei esse meu grande amor do passado, claro que ela estava de braços dados com seu marido e eu com a minha esposa, por isso só tive a oportunidade de perguntar se ela ainda lembrava-se de mim, e quase sussurrando ela disse “todos os dias”, hoje pela manhã ela me ligou e disse está pronta para a nossa história, disse que chegou o nosso momento e que eu fosse encontrá-la no planetário do dragão do mar, onde no passado fizemos amor pela primeira vez, por isso caro amigo, pisa fundo! O motorista camarada, acelerou o carro e em pouco mais de vinte minutos eu já estava diante do planetário, a lua estava linda, uma leve brisa corria refrescando meus desejos, a luz ofuscava a visão, mas o cheiro de amêndoas aguçou meus sentidos e me fez olhar na direção da mais bela de todas as criaturas, linda parecia ter a pouco sido esculpida por Deus, os olhos brilhavam, a boca sorria, as mãos me procuravam,e as pernas não resistiram e correram ao meu encontro, as orquídeas caíram no chão, envolvi Amanda em um abraço apertado, o beijo foi inevitável, corpo com corpo, alma com alma, boca dentro da outra boca, o mundo podia acabar naquele instante e eu já poderia dizer que a vida fazia sentido! O mundo realmente acabou, um barulho imenso tomou conta do meu momento mágico, tive medo de abrir os olhos, a boca de Amanda perdia aos poucos a força de outrora, as mãos se soltaram de meu corpo, a música parou, não tinha como evitar então abri os olhos e me deparei com o sangue de Amanda em minhas mãos, as pessoas corriam de um lado para o outro, gritos e confusão, o sangue de Amanda em minhas mãos, o corpo de Jack marido de Amanda estava jogado em um canto do calçadão, a cena agora estava se juntando, uma arma de fogo ainda quente ao lado do corpo, Jack seguiu Amanda até o encontro e não suportando a traição, atirou em Amanda, depois se matou e deu fim trágico a minha bela história de amor! Num último suspiro de vida, Amanda juntou todas as suas forças e disse: _ E esse foi o meu “Até que a morte nos separe” .............................. Autora: Perdi o horário de pegar carona com a minha mãe e tive que ir para a faculdade de ônibus, consegui uma poltrona ao lado de um senhor, um quarentão, coloquei meus fones de ouvidos e relaxei, até que virei para o lado e percebi que o senhor estava chorando, sei que poderia ser por um milhão de motivos, mas ali mesmo, criei essa história misturando, ficção, tinta de caneta e lágrimas de um desconhecido! Foi assim que esse texto saiu! |
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