MATÉRIA DE:M. Pacheco - mpacheco@onossobairro.com.br
Em 2003, quando eu lamentava a invasão do Iraque pelos USA, minha neta – então com sete anos – me perguntou: “Mas vô! Quem disse que os Estados Unidos podem fazer essas coisas?”
Eu não soube responder.
De lá para cá, tenho tentado encontrar a resposta que minha neta, e o resto do mundo, continuam procurando. Mas só recentemente a encontrei, no comportamento de um chefe de família, que mora em uma favela do Rio de Janeiro.
AOS FATOS:
Um marginal - acostumado a desafiar as regras na comunidade, sempre apoiado pelos traficantes - entrou na casa de um cidadão trabalhador e passou a dar ordens, como se a casa fosse dele. Mas foi posto para fora à tapa, pelo dono da casa.
Horas depois, o mesmo marginal retornou ao local acompanhado pelo chefe do tráfico, e quando todos os visinhos esperavam que os traficantes fossem punir o trabalhador, eis que o marginal – cabeça baixa - pediu desculpas ao chefe de família. Um “sujeito Homem” como eles dizem.
EXPLICO:
Ao reagir por instinto, sem medir as conseqüências, o “dono da casa” agiu como qualquer animal em defesa de sua família, evitando que o marginal assumisse o comando. E essa atitude é respeitada até mesmo por marginais da lei.
CONCLUINDO:
Quem não defende a própria casa não merece respeito
Em tempo I: (em 2/3/2011)
Os Estados Unidos da América estão querendo invadir a Líbia e já ameaçaram a Venezuela por defender o Irã.
Em tempo II:
(Retirei o texto sobre o Copom por não estar no contexto)
Em tempo III: (hoje 21/3/2011)
EM NOME DAS NAÇÕES UNIDAS
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu a pedido do Líbano (sic) para decidir o que fazer no caso dos ataques armados que a oposição estava impondo ao governo Líbio, repelidos também com uso de armas (*).
Provavelmente sob orientação de Sarkozy (*), (que deve sua eleição a dinheiro líbio, segundo Kadafi que o está cobrando), o Líbano pediu que a ONU invadisse e Líbia; bloqueasse os bens pessoais e do tesouro líbio fora do país; e afastasse o governante Muamar Kadafi para que a oposição(*) assumisse todo o poder do Estado. Inclusive gerenciando todos os bens que estão fora do país.
E olha que não é pouco o que a Líbia conseguiu juntar depois que o “ditador” Muamar Kadafi pôs para fora do país os testas-de-ferro que agiam a serviço dos ex-colonizadores.
FORMAÇÃO ATUAL DO CONSELHO:
Membros permanentes: China; Estados Unidos; França; Inglaterra e Rússia. Os membros permanentes têm direito a veto. Ou seja: bastaria que um deles votasse contra, para que nada acontecesse.
Membros Rotativos com mandato até 31/12/2011:
África do Sul; Alemanha; Bósnia; Brasil; Gabão; Colômbia; Índia; Líbano; Nigéria; Portugal.
Dos quinze membros, cinco se abstiveram de votar:
Brasil, Rússia, Índia, China e Alemanha.
Isso não quer dizer que apoiaram as sanções. Mas também não quer dizer que desaprovaram.
Eu daria o nome de COVARDIA para esse comportamento. Afinal, esses cinco membros representam a maioria da população mundial em número de habitantes e talvez tenham, juntos, o maior PIB da terra.
Poderíamos chamar esse bloco de BRICA (BRIC + A de Alemanha).
Lembrando que aí estão dois países com direito a VETO no Conselho de Segurança – China e Rússia – que poderiam ter evitado a invasão.
Do outro lado, estão os sete membros que acompanharam o voto de Estados Unidos, França e Inglaterra que queriam a invasão:
África do Sul; Bósnia; Gabão; Colômbia; Líbano; Nigéria e Portugal.
BARBAS DE MOLHO
Todo mundo sabe que além de um tesouro espalhado pelo mundo todo em investimentos – inclusive no Brasil –, a Líbia tem um bem mais precioso que desperta a cobiça das nações que já não têm mais colônias para explorar – o Petróleo. O Brasil, além do petróleo que Obama veio dizer que vai “comprar” tem um bem mais precioso ainda. Terras totalmente aproveitáveis; biodiversidade de valor incalculável; e água sobre e sob o solo, que dá matar a sede do mundo por muitos e muitos anos.
Quem acha que a casa do vizinho não merece respeito, não terá quem o respeite, se um dia precisar
(*) A Líbia não tem armas de destruição, além de alguns velhos aviões. Assim como o Iraque não tinha armas químicas.
(*) Mandando o Líbano entrar com a representação contra a Líbia, Sarkozy teria feito o que os marginais da lei fazem nas comunidades: mandam um “di menor” assumir o crime.
CONCLUINDO:
1 - Ao se abster de votar, o Brasil disse que concorda em que os marginais da lei invadam a casa do vizinho.
2 - Obama só teve coragem mandar que seus mísseis fossem lançados sobre a Líbia, faltando com o respeito ao Brasil que sabia ser contra a invasão, porque o Brasil não teve coragem de votar contra a invasão.
Abstenção é covardia! E os covardes não merecem respeito!
M. Pacheco
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QUEM SE OMITE, PERMITE!
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