CARLOS SOLANO
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APRECIE ESTE TEXTO QUE TRAZ SUA MARCA REGISTRADAFormado em Arquitetura e Urbanismo, descobriu o Feng Shui em 1991, por intermédio de um curso de avaliação de paisagem com a arquiteta chinesa Ping Xu, PhD, professora do Mestrado em Urbanismo da Universidade do Colorado, Estados Unidos.Fez viagem à China, Hong Kong, Taiwan, Tibete e Nepal, onde estudou Feng Shui com os arquitetos Cheng Jian Jun (professor da Universidade de Tecnologia do Sul da China), Wang Yu (coordenador do Departamento de Pesquisa Histórica da Universidade de Wuhan), Michael Chiang, e com os professores Raymond Lo e Master Ho Chin-Chung. Fez viagem de estudos à Inglaterra, onde participou de cursos com os professores Richard Craightmore e William Spear. Sua formação inclui também estudos com os mestres Joseph Yu, He Luo, Seann Xenja, , Roger Green, Wu Jyh Cherng, Vimal Agnideva (Feng Shui), Marko Pogacnick (Acupuntura da Terra), André Larant e Harro Mueller (Radiestesia), Rodolphe Haxhe e Allan Lopes Pires (Geobiologia). Ministrou (e ministra) cursos em diferentes estados do Brasil (MG, SP, MS, BA, SC, RS, PR, PE). Atualmente também presta consultorias nesta área e coordena o Seminário Anual de Feng Shui, que realiza-se na bela cidade histórica de Tiradentes (MG), reunindo participantes de todo o país.
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DESTRALHE-SE"
Carlos Solano
-"Bom dia, como tá a alegria"?, diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
-"Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver, oito ajudam a nos
manter vivos, 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".
Já ouviu falar em toxinas da casa?
Pois são objetos e roupas que você não gosta ou não usa, coisas feias ou quebradas, velhas cartas,
plantas mortas ou doentes, recibos, jornais e revistas antigos, remédios vencidos, meias e sapatos estragados...
Ufa, que peso!
"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca.
- "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa"!, ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou
liberar as tralhas da casa.
O 'destralhamento' é uma das formas mais rápidas de transformar a vida e pode muito bem ajudar
outras terapias.
"A saúde melhora, a criatividade cresce e os relacionamentos se aprimoram", também ensina o feng
shui, com a delicadeza própria das artes orientais.
Para o feng shui, é comum se sentir cansado, deprimido ou desanimado em um ambiente cheio de
entulho, pois "existem fios invisíveis nos ligando àquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça: sentir-se desorganizado, fracassado e limitado,
aumento de peso, apego ao passado...
"No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo da vida;
empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima, são dores de cabeça; sob a cama, poluem o sono".
Então... Se dona Francisca falou e o feng shui concordou, nada de moleza!
-"Oito horas para trabalhar, oito para descansar, oito para se cuidar!", diz a comadre.
-E nada de limpar só por onde o padre passa...
"DESTRALHE-SE"
Perguntinhas úteis na hora de liberar os armários:
Por que estou guardando isso?
Será que tem a ver comigo hoje?
O que vou sentir ao liberar?
E vá fazendo pilhas separadas de doar, vender e jogar fora.
Depois de destralhar, jogue sal grosso nos ralos.
Ponha um prato com carvão no quarto (tira os cheiros e as energias ruins).
Deixe um ramo de boldo em um copo d'água para purificar.
Passou de bom!
Para destralhar mais, livre-se de barulhos e luzes fortes, cores berrantes, odores químicos,
revestimentos sintéticos, libere mágoas, pare de fumar, diminua o uso da carne, termine projetos inacabados.
"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.
Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", arremata o mestre Jesus,
no evangelho de Tomé.
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria
oriental.
O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e, no pé, vão ficando docinhas com o tempo".
-A gente deveria de ser assim, ela diz.
-"Destralhar ajuda a adocicar."
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