Será que você vem ?
---- Cruel é meu pensamento
a teu respeito
e ardente é o meu desejo
de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança
incontestável
pelo que me fizeste ontem.
A noite quente e calma
chegara a ser angustiosa.
Apareceste e, nesta cama,
aconteceu.
Sorrateiramente te aproximaste.
Sem o mínimo de pudor.
Encostaste o teu corpo
sem roupa
no meu corpo nu.
Percebendo
minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim
e mordeste-me
sem escrúpulos
até os mais íntimos locais
jamais tocados
de meu casto corpo.
E adormeci.
Hoje, quando acordei,
procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste provas
irrefutáveis do
que ocorreu
na noite que passou.
Grandes manchas
no meu corpo
e o alvo lençol
salpicado de sangue.
Esta noite recolho-me
mais cedo para,
na mesma cama,
te esperar.
Oh! Quando chegares,
nem quero pensar
com que perspicácia,
avidez e força
eu quero te pegar
para que não escapes
mais de mim.
Em minhas mãos
quero apertar-te até o fim.
Não haverá parte do teu corpo
que os meus dedos
não passarão.
Só descansarei
quando ver sair
o sangue quente
de teu corpo.
Só assim,
livrar-me-ei
de
ti,
.
.
.
.
.
.
Pernilongo miserável!
Aposto que você pensou em outras coisas não é ???
Nenhum comentário:
Postar um comentário