VIAGEM NA VIAGEM
DE RICARDO FREIRE
ELE FEZ ESSA VIAGEM
E NOS CONTA COMO
ELE VIU,ESSA MARAVILHA.
Por dentro do Oásis of the Seas
Ricardo Freire • 2 Dezembro, 2009
O bar Viking Crown
Antes de mais nada, devo lembrar aos tripulantes, passageiros e pára-quedistas do blog que não sou nenhuma autoridade em cruzeiros. Basicamente porque este não é o tipo de viagem que faz a minha cabeça. O mundo, no entanto, está pouco se importando com a minha opinião; o nicho de cruzeiros vai muitíssimo bem, obrigado, em qualquer lugar do mundo em que haja navios em operação. Me interessa, portanto, saber como funciona e entender também dessa modalidade de viagem (mais ou menos como acabei entendendo — bastante, modéstia às favas — de resort, mesmo sem ser propriamente fã do gênero).
Solarium: sol e piscina sem muvuca
Fiquei feliz de comprovar que a experiência num navio pode ser bem diferente da outra. Meus três dias no Oásis of the Seas não tiveram praticamente nada em comum com a semana em que fiquei a bordo do Zenith da CVC, há dois anos. Daquele lá só se salvaram a festa, a comilança e a bebelança (e o mestre de cerimonias dos shows de humor). Desta vez eu consegui entender melhor por que tanta gente gosta de cruzeiro.
O parque aquático das crianças
Um navio de grandíssimo porte, que ofereça uma enorme variedade de espaços e atividades, funciona como uma espécie de universo paralelo. Tudo o que você procuraria em terra firme está a uma viagem de elevador (com uma ou duas passagens por corredores) do seu quarto. (Eu acho mais divertido procurar essas coisas em terra firme, mas nem todo mundo precisa concordar comigo.)
Jogatina
Um navio do tamanho do Oásis of the Seas — o maior já construído, e que começa a operar de verdade agora em Dezembro –, então, é como uma versão turística da Arca de Noé: você vai encontrar a bordo pelo menos um representante de cada espécie de estabelecimento que você frequentaria nas férias em terra firme.
O bar Champagne
A diferença do Oásis
O que torna o Oásis of the Seas diferente até mesmo dos outros navios da sua família não é o tamanho — mas o que fizeram para aproveitar essas super dimensões. E o que fizeram foi cavar um buraco, um vão, uma fenda no meio do navio. Em vez de ser um bloco maciço com um convés por cima, o Oásis é composto por duas alas de apartamentos que também têm vista para os pátios internos.
Central Park
Central Park bis
No pátio do centro do navio foi criado o Central Park, uma praça ao ar livre com arbustos, plantas e um jardim vertical de verdade, ladeado por restaurantes, bares, lojas e galerias.
Royal Promenade e a clarabóia
No meio do jardim foram construídas clarabóias que vazam luz natural para a Royal Promenade, a “rua” principal do navio, por onde se embarca e se desembarca, e onde ficam os restaurantes, bares e lojas abertos até mais tarde. (De lá também se desce facilmente ao deck de baixo, onde se concentra a vida noturna, com salas de espetáculo e o cassino.)
A Boardwalk
O outro espaço ao ar livre criado pelo vão fica na popa: é a Boardwalk, uma avenida temática criada para parecer um píer de praia na Califórnia, com direito a carrossel antigo e barraca (em inglês fica melhor: “shack”) de frutos do mar.
O carrosselzinho
É essa configuração — e não simplesmente o tamanho — que faz o Oásis of the Seas parecer um bicho diferente de todos os outros do seu bioma. Pode reparar: este será o primeiro navio de cruzeiro do qual você não verá a tradicional foto da piscinona do convés rodeada por uma arquibancada de espreguiçadeiras. Em primeiro lugar, porque não há piscinona, mas uma série de piscinas pequenas e jacuzzis. E depois, porque esta seria a última foto do navio que um editor selecionaria; o Central Park, a Boardwalk e os espetáculos são infinitamente mais interessantes.
Holiday on ice at sea?
Por sinal, mesmo para alguém tão inexperiente em cruzeiros como eu, a sensação de não precisar subir ao convés para sair do ambiente fechado é surpreendente. Eu estava hospedado no décimo-primeiro deck, e para ir ao Central Park eu descia ao oitavo (para a Boardwalk, descia ao sexto).
No Comedy Club
Como funciona
Há dois restaurantões enormes que abrem para todas as refeições sem cobrar. Um é o buffetzão-padrão, chamado Windjammer, e outro é o restaurantão-formalzão, chamado Opus.
Tentando pegar leve no Opus
Além deles, há uma série de lugares que servem café da manhã, almoço e lanche na faixa. À noite, todos os restaurantes “especiais” (com exceção da pizzaria Sorrento’s, na Royal Promenade) exigem reserva e cobram à parte. Mas não são caros: o menu completo do 150 Central Park, o restaurante de chef do navio, sai US$ 35. Em restaurantes mais prêt-à-porter, como o japonês Izumi, os pratos (combinados de sushi, por exemplo) saem por módicos US$ 7 a US$ 9. É mais um suplemento do que propriamente um jantar à parte.
150 Central Park
Alguns lugares, porém, cobram o dia inteiro, como a lojinha de cupcakes (mas os donuts e os sorvetes estão incluídos). Bebidas alcoólicas não estão inclusas. Quem quer escapar da comilança pode se refugiar no Solarium Bistro, que tem buffets saudáveis no café da manhã e no almoço (e cobra no jantar). O cardápio do restaurantão principal, o Opus, sempre tem alguma opção sem carboidratos ou frituras.
Na academia
Frequentar a academia é grátis, mas alguns aparelhos e todos os tratamentos de spa são cobrados.
Tirolesa, não: zipline
As atividades mais diferentonas, como as piscinas de ondas para fazer surf e body-boarding e a tirolesa (zipline, em gringuês), precisam ser reservadas; as vagas esgotam logo.
Guitar Hero na área teen
Os shows estão incluídos — e são muito bons. Há um musical da Broadway — o primeiro encenado num navio –, o “Hairspray”. O espetáculo do teatro aquático (no final da Boardwalk) é claramente (bem) inspirado no Cirque de Soleil, e tem direito a mergulhadores à la Acapulco, numa piscina que fica o tempo todo mudando de profundidade. Tem também um espetáculo de patinação no gelo, “Oasis Dream”, e um segundo musical, “Come fly with me”, que ainda não estava pronto para estrear no nosso cruzeiro. Um teatrinho pequeno serve para apresentações de comédia stand-up, e há também um clube de jazz. Com exceção do jazz, todos os espetáculos precisam ser reservados (dá para fazer isso pela internet, antes de embarcar).
Blaze, uma das baladas
Depois do show da noite você ainda pode escolher entre duas discos (uma mais jovem, outra para tiozinhos), um lugar de música latina ao vivo, um bar de karaokê, um piano bar, um bar dançante com vista para o convés, um pub com som ao vivo — e mais o cassino, claro.
Também salsa, rumba e cha cha chá
É muita gente? Balança?
Nosso cruzeiro saiu com 4.000 passageiros e não parou em lugar nenhum. O navio tem capacidade para 6.000 passageiros e faz pelo menos três paradas num cruzeiro de sete dias. Não posso avaliar, portanto, se essa diferença de dois mil passageiros influirá demais na qualidade de serviço. No nosso cruzeiro, tudo correu às maravilhas. Também não posso falar sobre os desembarques nas escalas. O embarque e o desembarque na base, em Fort Lauderdale, foram tranqüilissíssimos.
Outra piscina no Solarium
Quanto a balançar — nadica de nada. A maior parte do tempo você nem se lembra de que está num navio.
Vai pra onde? Quanto custa?
O Oásis parte de Port Everglades, o porto de Fort Lauderdale, a meia hora do aeroporto de Miami (e a cinco minutos do aeroporto de Fort Lauderdale). Não é todo porto que pode receber um navio desse tamanho. Nos primeiros anos estão programadas escalas em Labadee (uma praia privada no Haiti, onde foi construído um píer especial), St. Maarten, Cozumel, Costa Maya (lugarejo na fronteira do México com Belize, um pouco ao sul de Tulum), St. Thomas (nas Ilhas Virgens Americanas), Falmouth (cidade histórica na Jamaica) e Nassau (nas Bahamas).
Sai menos caro do que você poderia imaginar. O querido Bruno Vilaça da Superviagem me passou os valores do cruzeiro mais barato do ano que vem — saída em 27 de Novembro, com escalas em Labadee, Cozumel e Costa Maya. Os preços não incluem aéreo (mas já incluem as taxas de R$ 508 por pessoa) e foram calculados ao câmbio de R$ 1,80 por dólar.
Quem comprar agora nesse cruzeiro paga, por pessoa, R$ 2.077 em cabine interna (sem janela), R$ 2.137 em cabine externa (R$ 2.337 com varanda), R$ 2.177 com vista para o Central Park (R$ 2.337 com varanda) e R$ 2.277 com vista para a Boardwalk (R$ 2.527 com varanda). Como se pode notar, as cabines com vista para o vão são mais caras do que as com vista para o mar! E só por curiosidade, os lofts de dois andares, nesta saída, custam R$ 7.687 por pessoa (mais barato que muito Réveillon por aí, hehe).
Salvo algum desastre (ops) no serviço ou nas operações de embarque e desembarque com o navio lotado, acredito que este será um sucesso total de boca-a-boca. É bem possível que esses preços subam. Se você está interessado, adiante-se. (O Bruno informa que brasileiros podem fazer em 5 vezes sem juros e sem entrada.)
No Aquatheater
Era isso, pessoal. Não doeu. Posso até dizer que eu praticamente gostei.
A MATÉRIA JÁ ACABOU.AGORA É O
DEZACERTO DE JACARAPEBA
AGORA COLOCO PARA VCS,MAIS ALGUMAS FOTOS DESSE SONHO.
OLHEM A IMPONÊNCIA DESTE NAVIO
ESTA VISTA AÉREA,MOSTRA BEM,AS SUITES QUE TEM VISTA PARA O INTERIOR DO NAVIO.
UMA SUITE SIMPLES
SURF A BORDO
OUTRA VISTA DA SUITE
A NOITE SEMPRE TEM ATRAÇÃO
A ÁREA CENTRAL
É GIGANTESCO
ESSA É PARA O CASAL SONHAR
OLHA ESSE DÚPLEX
É MUITO LUXO
LA VAI O NANICO
TEM SUITES COM VISTA PARA O MAR,OU COM VISTA PARA O INTERIOR
ESSE HELICÓPTERO É ENORME,E VEJAM COMO ELE FICA PEQUENO
EM RELAÇÃO AO NAVIO
TEM DE TUDO
ATÉ CAMPO DE GOLF
QUE VISTA
ELES LEMBRARAM DO TITANIC,VEJAM ESSE BARCO SALVA VIDAS,EXISTEM VARIOS DELES
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